Sem limites! Todo louco é assim. Sempre faz as coisas da forma mais diferente, se joga, é aventureiro, corajoso e viajante! Já vi louco largar seu emprego só porque queria viajar pela Europa, já conheci louco que fica três dias sem contato com ninguém, sozinho, nenhuma palavra. Vi loucos viajarem sozinhos para países desconhecidos de cultura muçulmana ou oriental; foram lá porque queriam conhecer mais de uma visão diferente do mundo, queriam simplesmente mudar seus conceitos e paradigmas. Conheci também os gênios loucos da música, que parecem ouvir frequências além da capacidade humana e reagir a estes sons de forma criativa e sublime.

Convivo com gênios criativos, que pensam fora da caixa diariamente. Ou melhor, que sabem que a caixa nem existe!  Gente que em um simples almoço tem a ideia de mudar a cultura de leitura de um páis, com uma attitude simples, mas bela e inteligente.  Loucos que de fato acreditam que podem resolver os problemas e misérias do mundo.

Vejo eles por toda parte, nos fins de semana treinando para o próximo Iron man, os visito em suas casas e ouço seus projetos para ganhar o próximo festival de Cannes ou Grammy. Gente louca que acredita ser capaz de enriquecer o mundo não apenas com grana, mas compartilhando seus pensamentos, palavras e talentos. Loucos que sobem montanhas, que decidem conscientemente passar vários dias em meio à natureza selvagem. 

Tem também os loucos gênios, que desafiam o óbvio, o status quo, que vêem além da nossa visão, verdadeiros criadores e inovadores, muitas vezes não compreendidos em seu tempo. A vida cotidiana lhes mata aos poucos e lhes consome. Louco é aquele que opta por ser livre, obstinado e até mesmo um pouco divino. Não passa desapercebido, deixa sua marca, se comporta diferente. 

O Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), com Alice (Mia Wasikowska).

Já me vi fazendo loucuras também, naquele momento em que você larga tudo, arrisca todo seu dinheiro e energia na busca de um sonho, naquele momento em que percebe que a sua rotina deveria ser desafiadora e, então: pedi demissão, mudei de casa, de amigos, de cidade, de país. Fiz isso porque queria uma vida mais apimentada, saborosa, louca e criativa.

Sabe Vítor a vida é curta demais para vive-la em meio a mesmice ao normal e ao óbvio. Mas de tudo que me agrada na loucura, o melhor é que nessas horas você deixa a sua marca no mundo! Então filho, da próxima vez que sua vida estiver monótona, sem cor e você identificar um indivíduo deste tipo totalmente louco, que tal chama-lo para tomar um café?